top of page

Para além do feed. Mas....qual o futuro da Comunicação digital?

  • Foto do escritor: Camila Andrade
    Camila Andrade
  • 7 de mai.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 10 de set.

ree

Parece simples falar de comunicação na era digital, como a fluência de uma linguagem focada no uso de fotografias, vídeos, imagens e textos objetivos e especializados ou informativos.

No entanto, este é um pensamento no mínimo simplista.

Mas antes de resumir a Comunicação a um commodity, é importante considerar o que os melhores especialistas e estudiosos do setor estão discutindo.


1 - Comportamento e identidade do público de interesse (consumidor/cliente)

As melhores estratégias de comunicação e as que mais dão resultado são as focadas em tornar o seu público de interesse, o protagonista, investindo em estratégias que integram todas as formas e canais de comunicação (Comunicação 360º) aos mais variados perfis de público, que hoje, são em sua maioria, omnichannel (usuário multiplataforma).


2. Novas tecnologias de comunicação. O poder do celular.

Se voltarmos à época da pandemia, vamos lembrar que o isolamento social acabou dando lugar a uma comunicação praticamente 100% digital. Computadores, notebooks, tablets e celulares se tornaram indispensáveis, sendo fundamentais para o desenvolvimento do home office, do modelo híbrido de trabalho, estudo, consumo e produção de notícias e arte (e claro, aqui entra a fotografia), e a interação com amigos e familiares através das redes sociais.

Segundo Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) da Fundação Getulio Vargas, feita em 2024, o Brasil atingiu a marca de 480 milhões de dispositivos digitais em uso, o que representa uma média de 2,2 dispositivos por habitante, considerando a população estimada de aproximadamente 218 milhões de pessoas. Esses dispositivos incluem computadores, notebooks, tablets e smartphones, utilizados tanto no ambiente corporativo quanto doméstico.

Especificamente, o número de smartphones ativos no país chegou a 258 milhões, equivalente a 1,2 aparelho por habitante. Além disso, ao somar notebooks e tablets, o total de dispositivos portáteis alcança 384 milhões, ou 1,8 por pessoa.

Esses dados refletem a crescente digitalização da sociedade brasileira, com uma ampla disseminação de dispositivos móveis, especialmente smartphones, que se tornaram ferramentas essenciais para comunicação, acesso à internet, serviços bancários e consumo de conteúdo.

A posse de telefone celular está presente em 96,7% dos domicílios brasileiros, evidenciando a quase universalização desse dispositivo no país.

O que exige dos profissionais, o desenvolvimento de uma comunicação inteligente, ágil e personalizável. Dessa forma, as marcas conseguiram abordar os seus públicos de uma maneira eficaz, a qualquer hora e onde quer que eles estejam.


3 – Cada vez mais vídeos 

Uma pesquisa realizada pela Getty Images entre novembro e dezembro de 2023 com 1.500 profissionais de marketing em 21 países, incluindo o Brasil, destaca o crescente investimento em conteúdos audiovisuais, em especial, vídeos.

65% dos consumidores demonstram preferência por consumir conteúdo de marca no formato de vídeo nas redes sociais, valorizando especialmente conteúdos autênticos e que reflitam experiências reais.

YouTube, plataformas de streaming e TV, aplicativos de transmissão de rádio com vídeo, videocasts, enfim, são alguns exemplos de canais, que podem ser utilizados para criar e distribuir conteúdo audiovisual dos mais diversos assuntos, totalmente personalizados.


4 – Mais fotos, por favor!

No entanto, pesquisa revelou que 86% dos profissionais consideram as fotografias estáticas importantes em suas estratégias de marketing. Apesar do crescente investimento em vídeos, as imagens continuam desempenhando um papel crucial na comunicação visual das marcas.

A Getty Images também relatou um aumento de 75% no uso de fotos profissionais em plataformas sociais em 2023, em relação ao ano anterior. 

Essas informações indicam que, mesmo com a ascensão dos vídeos, as fotografias mantêm sua relevância nas estratégias de marketing, sendo essenciais para transmitir mensagens, reforçar a identidade da marca e estabelecer conexões emocionais com o público.


5 - Tecnologia móvel e digital (inteligência de dados)

Segundo a Juniper Research, empresa de consultoria e análise global no setor de tecnologia móvel e digital, haverá aproximadamente 8,4 bilhões de dispositivos inteligentes com suporte para assistentes de voz até 2024, sendo que a humanidade terá por volta de 7,8 bilhões de habitantes.

Isso significa que chatbots e ferramentas que promovem uma jornada de compra fácil, interativa e imersiva continuarão em alta, customizando o processo de Comunicação. E isso também vale para o consumo de conteúdo digital, jornalismo e arte. 

Existem vários chatbots e ferramentas de IA que criam arte visual — como fotografias, imagens e vídeos — combinando inteligência artificial com interfaces de conversa amigáveis. Para citar alguns: DALL·E (da OpenAI – integrado ao ChatGPT), Midjourney, Stable Diffusion, Adobe Firefly e Criação de Vídeos (com base em texto ou imagens), RunwayML, Pika Labs e Synthesia.


6 - Mas afinal, qual é o futuro da comunicação?

É importante destacar que neste campo, no qual o desenvolvimento tecnológico não é coadjuvante, há mais incertezas do que certezas.

O que vale perguntar, é se as empresas, bem como os criadores de conteúdos e artistas, saberão explorar este caminho que se abre, e se estão dispostos a continuar aprendendo, se adaptando ao novo, sem perder sua essência. 

A experiência phygital (junção das palavras physical (físico) e digital - integração entre experiências presenciais e digitais para criar uma vivência mais imersiva, interativa), aplicada nas mais diversas áreas, será “a joia da rainha”, (ou em inglês, "the crown jewel"). O foco será cada vez mais criar experiências memoráveis e sensoriais com produtos, serviços, conteúdos e arte, aumentar o engajamento, conectar dados do mundo real com ações online e tornar o relacionamento marca–público mais imersivo e inteligente.

Mas isto é assunto para a próxima coluna.


Camila Andrade

Jornalista, VP de Comunicação da Mobgraphia

Especialista em Reputação de Marca

Comentários


bottom of page