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Entre o Hype e a Realidade : o que a IA (ainda) não te entrega

  • Foto do escritor: Rodrigo Vieira
    Rodrigo Vieira
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura
Entre o Hype e a Realidade
Entre o Hype e a Realidade

Por Rodrigo Vieira.

 

A gente já sabe do que a inteligência artificial é capaz, mas parece que estamos sempre esperando o próximo salto, a próxima grande promessa. No meio desse barulho todo, existem algumas verdades que quase ninguém vai te contar.

 

O primeiro mito que persiste é o do “prompt milagroso”. A IA até gera alternativas, mas não substitui olhar crítico, bom gosto, julgamento ou o atrito criativo que dá corpo ao trabalho em equipe. Na prática, o que acontece é o oposto: acabamos presos em um processo de curadoria infinito e em comandos cada vez mais complicados, que consomem mais tempo do que a própria tarefa.

 

Uma verdade bastante indigesta é o preço. Entre assinaturas e infinitas gerações de teste, a conta pesa, e pesa ainda mais para nós, brasileiros. E não é só dinheiro: passar horas brigando com uma ferramenta instável não é “diversão”, como muita gente insiste em vender nas redes sociais. É desgaste puro.

 

O mercado, por sua vez, vive da corrida das novidades. Principalmente nas redes sociais. Todo dia aparece um novo “game-changer”, um “gpt/midjourney killer” enquanto a ferramenta da semana passada já foi abandonada porque falhou nos primeiros testes e o hype não se sustentou.

 

E a realidade é dura: a distância entre o “quase lá” e o “agora sim” é muito maior do que os influenciadores entusiasmados deixam parecer, assim surgem incontáveis ferramentas mágicas que só funcionam para determinadas (e limitadíssimas) situações.

 

No fim, os fundamentos seguem valendo. Escrever bem, saber contar histórias, ter clareza e saber onde quer chegar, nada disso perdeu importância. Pelo contrário: a IA só amplifica o peso dessas habilidades.

 

Experimentar essas ferramentas é uma montanha-russa. Em um momento nos sentimos gênios porque resolvemos um obstáculo que parecia instransponível. No momento seguinte, nem tanto, por não conseguirmos replicar os resultados. E os dois sentimentos são reais.

 

Transformar resultado em significado continua sendo algo que só o humano consegue fazer.

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