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Criar mais ou melhor? O impacto da multiplicidade de plataformas de IA

  • Foto do escritor: Rodrigo Vieira
    Rodrigo Vieira
  • 12 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de set.

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Estamos vivendo um momento fascinante e, ao mesmo tempo, desafiador na geração de imagens e vídeos por inteligência artificial. Para quem sempre trabalhou com produção audiovisual e softwares gráficos, o cenário atual é uma revolução. Mas como toda revolução, ela traz benefícios evidentes e dilemas silenciosos.

Hoje contamos com dezenas de plataformas, cada uma com sua especialidade, sua força criativa e sua própria assinatura estética. Isso nos obriga, inevitavelmente, a manter assinaturas simultâneas para não abrir mão de nenhuma vantagem técnica. A pergunta que me faço é se isso nos coloca à frente na corrida criativa ou se, no longo prazo, essa pulverização não se transforma em um peso operacional e financeiro.

O Midjourney, por exemplo, é indispensável. É a ferramenta que mais preserva estética e coesão entre imagens e vídeos, permitindo produções de até 21 segundos com velocidade, diversidade e qualidade incomparáveis. O Kling, embora mais lento, é imbatível na reprodução de pequenos detalhes e textos, algo essencial em trabalhos que exigem precisão gráfica.

O Higgsfield se destaca pelos movimentos de câmera e efeitos visuais que beiram o cinematográfico, errando muito pouco e entregando resultados de impacto. Já o Seedance chegou como novidade promissora, permitindo cortes e variações de ângulo a partir de uma única imagem, com alto nível de realismo. O Hailuo, de origem chinesa, combina boa velocidade, aderência de prompt e custo-benefício atrativo.

O Google Veo 3 traz um recurso que muda o

jogo. Além da qualidade visual, a terceira versão adiciona som e efeitos sonoros, o que amplia as possibilidades narrativas e integra de forma nativa elementos audiovisuais. O Runway, por sua vez, mantém relevância com o Gen-4 , o sistema de referências nas gerações de imagens e agora apresenta o Aleph, capaz de editar e transformar vídeos, alterando desde detalhes específicos até o estilo visual completo.

Cada uma dessas plataformas é, em si, uma revolução. Mas juntas, formam um ecossistema fragmentado, que exige do profissional não apenas criatividade e técnica, mas também gestão, integração e investimento constante. Talvez o desafio real não seja apenas dominar as ferramentas, mas compreender que o excesso de opções pode criar uma dependência tecnológica que, no limite, engessa processos e dilui a identidade autoral. Saber escolher, neste contexto, pode ser tão estratégico quanto saber criar.

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